sexta-feira, agosto 13, 2004

A gaja, o degrau e a puta da melancolia - crónica de outros calores

A gaja

Aparecia-me quase todas as noites. Ora sonhava a dormir ora acordado, mas sempre com ela. Eram os olhos, era a pele, a música que lhe estava implícita, o sabor. E, como a fruta, também tinha sua época. Amadurecia no Verão, mesmo a tempo de me adocicar o resto da temporada.


O degrau

Calhou tropeçar nela sem ser em sonhos. Depois do flavour e do romance irrepreensível, o espalho ao comprido. Afinal era alperce com caroço. Das duas uma, ou cuspia fora ou engolia em seco. E ela sem parar de olhar. Preferi a abordagem Zézé Camarinha – que se foda a gaja que isto está cheio de bifas!


A Puta da Melancolia

É Inverno. Foda-se. Só me apetece caldo verde e lareira. Quero biquinis e a gaja com pele de alperce.