Monday Mood

Estou constipado. Foda-se. Afinal ainda não chegou o Verão. Andei a puxar por ele, numa tentativa efémera de tentar ganhar umas cores, comer uns percebes e abater umas cervejitas. Rumei a Sul, Barlavento e Costa Vicentina. Molhei os pés, calçonito e chinelos num dia em que uns bifes transparentes andavam à banhoca. Levei livros, papel e caneta, na esperança de que me apetecesse escrever, pensar, estruturar. Nada. O mais perto de literatura que estive foram as ementas consultadas. E mesmo essas, do género clássico. Porco preto aqui, naco de vitela ali, sardinha assada acolá, pão d'alho, patê caseiro, corgettes e pimentos e outros que tal. Mais o vinho. Tinto e branco, de acordo com o molhar dos pés. Banhos, só no hotel. E muito quentinho. Foi bom, mas frescote.
Agora, tou doente, o sporting...o sporting...foda-se...tá frio, tenho muito trabalho, férias não sei quando, não compro um bom disco ou livro ou ténis ou roupa de jeito há que séculos. Pareçem-me esquisitas as modas. É tudo hibrido - something i do not dislike, mas de uma transexualidade rabeta e copiada. Nem tudo é mau, é certo. O companheiro Granja tem uma casa de luxo (uma cena comuna, tão a ver?) e fez-me reviver os diletantes e delirantes Pink Floyd. Os Pixies estão quase aí. O Bowie também. A minha filha fez UM ano. O Portas não tarda nada assume que andou a ser enrabado pelo prof. Martelo e o Engenheiro do Penta, como bom católico que é, terá um espinho enfiado no cú no seu caminho até ao Purgatório. O Mourinho vai reatar com o Sir Robson, desta feita em Inglaterra. So sweat. A direita está encostada às cordas e a esquerda não tem força na verga. Um luxo, cariños. Os próximos tempos afiguram-se divertidos, aqui na nossa aldeia de irredutíveis, com acesso à TV Cabo, sentados numa poltrona a ver o mundo. E dizer mal. E é mesmo isso que vou fazer. Chez moi. Apareçam. E tragam vinho tinto!